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Arquitetura

 

Mais do que beleza, harmonia!

 

O que é Arquitetura?

 

A arquitetura (AO 1945: arquitectura), (AO 1990: arquitetura) (do grego αρχή [arkhé] significando "primeiro" ou "principal" e τέχνη [tékhton] significando "construção") refere-se tanto ao processo quanto ao produto de projetar e edificar o ambiente habitado pelo ser humano. Neste sentido, a arquitetura trata destacadamente da organização do espaço e de seus elementos: em última instância, a arquitetura lidaria com qualquer problema de agenciamento, organização, estética eordenamento de componentes em qualquer situação de arranjo espacial. No entanto, normalmente a arquitectura associa-se diretamente ao problema da organização do homem no espaço (e principalmente no espaço urbano). Mais sobre o conceito de Arquitetura clique.

 

Os Ecopolos são projetados para vibrar nas mais sublimes frequências, em harmonia ressonante. Edificados em layouts provenientes da geometria sagrada, temos um ambiente inspirador, o qual permite um comportamento mais equilibrado e íntegro.

 

Principais características de um empreendimento autossustentável:

 

- Priorizar terrenos já degradados;

- Respeitar a legislação local quanto a áreas de proteção ambiental;

- Uso de vegetação para regular a temperatura do entorno;

- Aproveitamento da topografia;

- Materiais locais com propriedades térmicas adequadas ao clima;

- Materiais de construção de baixo consumo energético, reutilizados, reciclados ou recicláveis;

- Escolha de materiais considerando o conforto térmico, acústico e lumínico;

- Uso de materiais certificados;

- Sistemas de ventilação e iluminação natural;

- Energias renováveis, co-geração e outras tecnologias;

- Lâmpadas e luminárias eficientes;

- Controle de presença;

- Redução de consumo e reuso da água;

- Filtragem e reuso de águas  servidas.
 

 

 

Permacultura e Arquitetura

A INFLUÊNCIA DA PERMACULTURA E DOS MOVIMENTOS DE ECOVILAS

 

Com a intensificação dos problemas ambientais ocasionados pelas atividades humanas, os movimentos ambientalistas ganham força no final do século XX, sobre tudo a partir da década de 1970. Os movimentos que pregavam a libertação da consciência dos

indivíduos da humanidade geram bastante repercussão e encontram na população jovem sedenta por novos paradigmas um terreno fértil para o florescimento de ideais progressistas que buscam um desenvolvimento social pautado no bem estar das pessoas em equilíbrio com seus contextos. Os movimentos de contracultura encontram como veículo a música, a pintura,

as artes cênicas e até a própria ciência, propagando um sentido de busca de harmonia na convivência com o meio ambiente natural e com a sociedade.

 

Fenômenos como o movimento Hippie destacam a ênfase que existiu na descoberta do amor livre e universal, experiência que popularizou para o mundo um sentido maior de espiritualidade, coletividade e comunidade planetária, que há muito havia se perdido. Essa “onda de amor” gerou um movimento de resgate às sabedorias ancestrais que recorriam à simplicidade nas práticas cotidianas para conviver de forma equilibrada com o meio ambiente.

 

Nesse contexto surge o movimento de Permacultura, um método holístico para se planejar e gerir assentamentos humanos como vilas, aldeias, comunidades e até cidades. Esse termo surge na Austrália através dos permacultores Bill Mollison e David Holmgreen, em 1970, deriva da junção das palavras permanent culture (cultura permanente), ou seja, sugere‐se uma cultura permanente que se autorregula de forma contínua e ininterrupta. A permacultura consiste basicamente na observação crítica dos sistemas e estratégias de autorregulação e desenvolvimento presentes na natureza e replica‐los no planejamento e estruturação do

habitat humano através de um design inteligente e sistêmico que integra suas demandas e

potencialidades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudo de implantação para um sítio com design em permacultura

Fonte: http://escuelaomegalight.org/wp‐content/uploads/2014/08/permacultura‐v5.jpg

 

Projeto para habitação com design em permacultura

Fonte: http://escuelaomegalight.org/wp‐content/uploads/2014/08/permacultura‐v5.jpg

A prática desses conceitos gerou um forte movimento de criações de Ecovilas pelo mundo, que são ocupações de escala humana que visam o menor impacto ambiental possível, autonomia na geração de recursos, máxima integração com o meio natural e convivência social saudável garantindo as necessidades básicas de seus integrantes. A permacultura é um conceito abrangente que depende essencialmente de observação e empirismo, visando criar um paradigma de pensamento que permite a criação, desenvolvimento, manutenção e aperfeiçoamento de métodos e mecanismos na forma de se habitar enquanto sociedade. Isso nos impele a trabalhar um determinado habitat humano considerando basicamente as seguintes questões:

 

  • Água e tratamento de efluentes: a demanda por água potável deve ser planejada de forma que o consumo não supere a capacidade de renovação do

  • ecossistema hídrico local, preservando a qualidade das áreas de mananciais e matas ciliares locais, adotando novos hábitos de consumo e aplicando novas técnicas mais eficientes para irrigação da produção agrícola. As águas residuais provenientes do uso humano devem ser tratadas dentro do sistema para ser devolvida com no mínimo a mesma qualidade com a qual foi retirada do meio ambiente.

  • Energia: atingir autonomia na geração de energia, explorando as potencialidades das fontes existentes não poluentes e renováveis, como energia solar, energia eólica, energia hidrelétrica, energia termodinâmica (biodigestores). Quanto maior a diversidade de fontes de energia, menos vulnerável o sistema se torna.  Resíduos sólidos: readequar (biodigestores). Quanto maior a diversidade de fontes de energia, menos vulnerável o sistema se torna.

  • Resíduos sólidos: readequar hábitos de consumo de forma a reduzir ao máximo os resíduos sólidos gerados (orgânicos ou recicláveis) assim como

  • planejar a destinação adequada de cada tipo de resíduo. Para os resíduos orgânicos são planejados mecanismo de compostagem, produzindo adubo

  • para a produção agrícola. Para os resíduos não orgânicos, deve ser implementada nas dependências do Ecopolo cotidianamente a política dos 5

  • R’s (reduzir, reutilizar, recuperar, renovar e reciclar). 

  • Materiais e técnicas de construção: as construções devem ocasionar o menor impacto ocioambiental possível, empregando matéria prima e mão de obra locais, priorizar o uso de materiais não industrializados (terra crua, madeira

  • regional, pedras, materiais de descarte, etc).

  • Trabalho: ofertar vagas de trabalho com condições dignas no sistema de forma a estimular a saúde financeira dos envolvidos com a comunidade;

  • Mobilidade urbana: garantir sistemas de locomoção que não dependem do uso de transporte individual, priorizando as formas não poluentes, com

  • ciclovias, rede de caminhos para pedestres. Além disso, é necessário setorizar o habitat de forma a minimizar ao máximo a necessidade de veículos

  • automotores.

  • Áreas comunitárias e equipamentos de lazer: é necessário prover espaços de qualidade para a integração social dos indivíduos de uma determinada

  • comunidade. As áreas de lazer são essenciais para a qualidade de vida do ser humano, pois é através das atividades físicas ao livre que relacionamos de forma mais imediata entre o corpo humano e o meio ambiente.

  • Comércio e serviços: prever espaços e equipamentos onde toda a produção de base, cultural e tecnológica possa ser ofertada aos indivíduos da comunidade, gerando vagas de trabalho e mantendo a saúde financeira do mercado interno, sempre dentro dos parâmetros de mercado justo e responsabilidade ambiental perante a origem e produção.  

  • Planejamento ocupacional: é a organização de todos o sistema que visa alcançar a maior eficiência possível, ou seja, um sistema que se auto regula com o menor gasto de energia possível juntamente com a maior redução possível de seus impactos ambientais. Para tanto deve‐se mapear todas as potencialidades locais que podem ser usadas a favor do sistema, como o relevo e outras características topográficas (usar encostas para escoamento deáguas, vales e áreas de várzea para espaços comunitários e de produção agrícola, etc), recursos naturais disponíveis, rotas de acesso e escoamento da produção, áreas de risco, áreas preservadas, implantação dos edifícios de evitem ao máximo a necessidade de veículos automotores, entre outrasvariantes.

  • Multifuncionalidade para alcançar eficiência: cada elemento de um sistema de habitat humano deve cumprir, ao menos, duas funções. Áreas ajardinadas podem, por exemplo, produzir alimentos, proporcionar drenagem de águas pluviais, servir de área comunitária.

Projeto para uma Ecovila com design em permacultura

Fonte: http://www.chescopagreen.org/images/learn/ThreeGrovesEcovillage.jpg

Corte transversal da área residencial de Village Homes, que mostra o aproveitamento

dos miolos de quadras para áreas comunitárias e de drenagem urbana

Fonte: http://www.architectureweek.com/2005/0126/building_1‐1.html

 

Acesse aqui ECOPOLOS – PROGRAMA DE NECESSIDADES BÁSICAS do projeto, pelo Arquiteto Bruno Breda Santos.

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